quarta-feira, 13 de agosto de 2008

EDUCAÇÃO PARA A CONVIVÊNCIA COM O SEMI-ÁRIDO


O Semi-Árido brasileiro representa 18% do território nacional e abriga 29% da população do País. Possui uma extensão de 858.000 km2, representando cerca de 57% do território nordestino, sendo que a área designada como Polígono das Secas (ocorrência de secas periódicas) é estimada em 1.083.790,7 km2. No Semi-Árido, vivem 18,5 milhões de pessoas, com destaque para o fato de que 8,6 milhões pertencem à zona rural, caracterizada por alta vulnerabilidade, já que estão entre os mais pobres da região, com índices de qualidade de vida muito abaixo da média nacional. Sua densidade demográfica de 20 hab/km2 não parece alta quando comparada com a média nordestina que é de 28 hab/km2. Contudo, tomando por base outras regiões semi-áridas no mundo, apresenta-se como uma das mais elevadas.

Tendo em vista esses fatos, o Projeto Educação para Convivência com o Semi-árido procurou promover, entre alunos, educadores e comunidade, o aprofundamento do reconhecimento de sua região, seu povo, suas plantas, seus animais, seu clima. Os temas pertinentes à região foram contemplados durante as aulas e enriquecidos através de atividades práticas que visaram o conhecimento e o reconhecimento do semi-árido na localidade do Catú. As ações concentraram-se em esclarecer as crianças, e a comunidade escolar como um todo, sobre a realidade geográfica e social na qual estão inseridas.

A problematização do projeto abordou as seguintes questões:

  • Como as crianças estão sendo acolhidas e como estão crescendo no semi-árido?
  • Como está a situação das águas na localidade onde vivem?
O trabalho realizado objetivou:

  • Discutir o tema da sustentabilidade ambiental;
  • Conscientização sobre o uso racional da água;
  • Promover reflexões sobre o desenvolvimento no semi-árido, suas implicações e possibilidades.
As ações pedagógicas direcionadas foram:

  • Pesquisa sobre as condições de vida das crianças do lugar;
  • Visitas aos depósitos de águas existentes no redondeza;
  • Observação dos sinais de vida nas águas (peixes, plantas, etc.);
  • Observação dos sinais de morte nas águas (detritos);
  • Limpeza do córrego visitado;
  • Representação da realidade observada através de murais, dramatização e jogral.
  • Roda de conversa sobre a vivência ( aprendizagens, descobertas, dificuldades, sentimentos, percepções);
  • Elaboração de uma lista de cuidados com o planeta;
  • Entrega de folhetos informativos na comunidade sobre como evitar o desperdício de água;
  • Documentação sobre a história das águas do lugar através de entrevista com uma pessoa idosa que viveu na comunidade desde a infância;
  • Vídeo Aquária sobre a importância da água;
  • Passeata pela localidade com o objetivo de conscientizar e incentivar a população na economia de água. Criação de faixas e cartazes que foram utilizados.

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